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Dia de campo da UFMS aponta possível viabilidade do algodão em Porto Murtinho 1n46v

No sábado, 17 de maio, foi realizado um dia de campo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), na Fazenda Yndiana, às margens da BR-267, a 40 Km da cidade de Porto Murtinho. 28551

A fazenda, de propriedade de Romeu Barbosa de Souza, ex-presidente do Sindicato Rural daquele município, possui um campo experimental da Univesidade, onde são testadas culturas de cobertura de solo, além de soja e algodão. Os experimentos são coordenados pelo professor da UFMS, campus Chapadão do Sul, Dr. Ricardo Gava. No local variedades de soja e, principalmente, de algodão mostraram-se viáveis naquela região de solo e clima característicos do chaco.

O trabalho da UFMS naquele local é viabilizado com recursos de emenda parlamentar do deputado Paulo Correa e reados pela SEMADESC, através da FUNDECT – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul.

Participaram do dia de campo, além de produtores rurais da região e do Paraguai, o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, o deputado estadual, Paulo Correa, a reitora da UFMS, Camila Ítavo, o secretário executivo de agricultura da SEMADESC, Rogério Thomitão Beretta, o presidente do Sindicato Rural, João Lúcio Barros, o seu diretor, Romeu Barbosa de Souza, o diretor executivo da Ampasul, Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão, Adão Hoffmann, diretores da UFMS e universitários.

Em suas palestras, o professor Dr. Ricardo Gava destacou que este é o segundo ano agrícola que os experimentos são realizados no local e estão apontando possível viabilidade das culturas da soja e algodão, este último com excelente desenvolvimento vegetativo. A cultura do algodão está se desenvolvendo satisfatoriamente, com destaque na subsequência à soja.

Análises físicas e químicas do solo no campo experimental apontam para características próprias do chaco, o que necessita ainda de continuidade dos estudos para se determinar as melhores práticas agrícolas, visando a sua recuperação e exploração sustentável.

No Paraguai está sendo cultivado o algodão, na mesma região do chaco, com sucesso. A experiência dos paraguaios e brasileiros naquele país vizinho poderão contribuir para o desenvolvimento da cultura em Porto Murtinho.

Outra vantagem da implantação da agricultura de alta tecnologia em Porto Murtinho é o fato de se tratar do Município “Portal da Rota Bioceânica”, favorecendo a exportação e agregando valor aos produtos da região.

Segundo o Prefeito Nelson Cintra, já está sendo aplicado no Município de Porto Murtinho, 1,2 bilhão de reais, em infraestrutura, visando o início da operação da Rota Bioceânica, o que vai favorecer também os produtores rurais.

Nos experimentos na Fazenda Yndiana foram investidos neste ano agrícola, 1,5 milhão de reais. Entusiasmado com os primeiros resultados, durante o dia de campo o deputado Paulo Correa anunciou mais 800 mil reais para continuidade do projeto.

Porto Murtinho possui grande área territorial, sendo 58% de Bioma Pantanal e 42%, não Pantanal, que representa 740 mil hectares, dos quais em torno de 60% necessitam de recuperação. Trata-se de uma grande fronteira agrícola que pode estar sendo revelada através das pesquisas realizadas pela UFMS, que deverá ser explorada de forma sustentável, não atingindo o Pantanal e respeitando o bioma do chaco.

Na oportunidade, a Prefeitura de Porto Murtinho proporcionou uma rota de lancha com os participantes do dia de campo, para conhecerem as obras da ponte da Rota Bioceânica em andamento. Segundo o Prefeito Nelson Cintra, está com 70% concluída.

Segundo o Diretor Executivo da Ampasul, Adão Hoffmann, produtores de Mato Grosso do Sul, principalmente de Chapadão do Sul e de Costa Rica, já dominam a cultura do algodão sustentável, experiência que poderá ser compartilhada com os agropecuaristas de Porto Murtinho. Por este motivo, está contribuindo com total apoio as pesquisas da UFMS naquele promissor município, portal da Rota Bioceânica.

Fonte: Ampasul

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